sábado, 11 de abril de 2009

Análise científica do livro Senhora ( José de Alencar )


Livro : Senhora

Aluna : Lyana Lima


José Martiniano de Alencar foi um dos grandes colaboradores do Romantismo no Brasil. Escreveu grandes obras como: O Guarani (1857), O Jesuíta (1875), Senhora... Este último foi escrito quando já havia uma nova perspectiva em relação ao romantismo, pois desapareceram os exageros maiores e já se podia também perceber uma aproximação com a realidade.

Como características podemos destacar que Senhora é um romance urbano, ou seja, são mostrados os costumes do cotidiano da época em que se passava a história e o autor faz críticas ao comportamento da sociedade. Existem algumas partes onde podemos identificar a estética românticas.

A livre expressão de sentimentos é apresentada por Aurélia que é a personagem principal e em sua juventude se apaixona por um pobre jovem chamado Fernando Seixas. Ela o amava muito, mas os dois se separaram, pois ele aceitou um pedido de casamento por conta do dote iria receber.

A moça sofreu muito ao perder o namorado e viveu um amor não correspondido:

“[...] - Não preciso dizer quanto o amei senhor. Mas o senhor não me retribuiu o meu amor, em o compreendeu. Retirou-me a pouca afeição com que me consolava e me trocou por outra [...]”

Ela passou a ter uma visão ruim das pessoas quando recebeu uma herança milionária do avô e percebeu que muitos homens ficaram aos seus pés com interesses principalmente econômicos: Nesse trecho há uma certa ironia em relação aos homens.

Convencida de que todos os seus apaixonados, sem exceção, a pretendiam unicamente pela fortuna, Aurélia reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo tratamento. ostumava indicar o merecimento dos seus pretendentes dando-lhes certo valor monetário”

Para se recuperar dessas lembranças ruins, ela ainda

apaixonada decide se vingar de Fernando. Pede para que o comprem sem que ele soubesse quem era e pela falta de dinheiro o rapaz aceita a proposta. Ele é humilhado constantemente:

“[...] Sou rica, muito rica; precisava de um marido. O senhor estava no mercado; comprei-o. Custaram-me cem contos de réis, foi barato [...]”


Outra característica é a fascinação pela morte, ligada ao sofrimento de Fernando que era insuportável e uma grande angústia que ele sentia por estar naquela situação. Insatisfeito com a vida, o marido de Aurélia a propõe um acerto de contas para lhe devolver seu dinheiro e ficar livre daquele casamento infeliz. Mesmo com todo o orgulho dentro de si, a moça acaba declarando seu amor para não perder o marido conquistado:

“[...] Então, agora, ajoelho-me aos seus pés, Fernando, e suplico-lhe que aceite o meu amor, que nunca deixou de ser seu, mesmo quando mais cruelmente o ofendia [...]”





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