quinta-feira, 9 de abril de 2009

Colégio Universitário - UFMA
Data:09.04.09
José Diogo Tavares Pedrosa nº17
Profª Ludmila
Trabalho de Língua Portuguesa
"Amor de Salvação"
O Romantismo de um modo geral é a expressão cultural de uma época de tranformações e rupturas e, por essa razão, nele existem tendências ou aspectos variados e contraditórios. Nessa escola literária podemos observar traços típicos do gosto e da sensibilidade moderna, tais como a espontaneidade e a naturalidade dos sentimentos, o interesse pelo mindo abstrato, a valorização do eu, etc.São tais características que vamos mencionar e/ou relacionar na obra romântica ´´Amor de Salvação`` de Camilo Castelo Branco.Essa obra agrega quase topdas as características do Romantismo, inclusive desde o início da obra quando o autor se vale de grande porção de SENTIMENTALISMO e diz:"Peço licença para increver o seu nome na primeira página deste livro. Esta fica sendo para mima mais prestante da obra. As outras são futilidades;porque lágrimas e alegrias de romance é tudo fútil".Essa afirmação logo de cara impressiona o leitor, do qual se interessa instantaneimente em saber quais outros devaneios o autor se presta no decorrer da obra.
O SENTIMENTALISMO é a característica mais elencada em toda obra romântica. É a relação entre o artista romãntico e o mundo e, por sua vez, sempre é mediada pela emoção. Qualque que seja o tema abordado, como neste caso o amoroso, o tratamento literário revela imenso envolvimento emocional do artista. Na obra em questão são mais acentuados os sentimentos de saudade, tristeza, e de silusão.
Logo a princípio o autor começa fazendo relatos de amores que pra muitos são ruins, mas que trazem grandes e inesquecíveis lições de vida, mostrando a eles novos caminhos a percorrer e lhes dando maturidade o suficiente para vencer os obstáculos da vida. Isso é o que acontece em muitas passagens da obra, citamos como exemplo quando o autor-personagem relembra dos dissabores de um velho amigo, Afonso de Teive, vejamos:"Afonso era um poeta num gênero galhofeiro, quando queira; e dedilhava o alaúde dasdas elegias, se lhe dava para lastimar-se , ou carpir saudades imaginárias de mulheres, suas amadas, fugidas deste lamacento globo para os plainos balsâmicos do céu. É o que me parecia a mim. Tinha dias de escrever jaculatórias em verso que dariam fama a um eremita da Tebaida. noutros dias, satirizava a religião, os dogmas, e a própria divindade com os apodos e a dialética de um desbragado discípulo de Voltaire. E o mais para assombro é que ele parecia sentir no coraçãoo ascetismo de hoje, e a impiedade de amanhã:agora, iria após o pálio da extrema-unçãomurmurando as preces do povo, que não se ppeja de orar em público e alta voz; e logo bem poderia suceder que, encontando o mesmo préstito, não levasse a não à fronte para tirar o gorro. A um homem assim dotado de tão contraditórios espíritos, fácil seria agourar-lhe gradíssimos dissabores no trajeto da existência, para os semelhantes daquele funesto modelo, as estradas comuns da humanidade não conduzem a paragem nenhuma certa; nem o coração nem o espérito aceitam leis imutáveis; a moral é um fato, cujas condições deve e pode infringir aquele aquem elas não aproveitam; em suma Afonso de Teive a prever um desgraçado a menos que em sua índole não sobreviesse uma das raras revoluções que inopinadamente tranfiguram o homem moral, se não é o abalço da mesma desgraça que opera esses prodigiosos reviramentos". Nesse mesmo trecho o autor trata dos acontacimentos da vida de Afonso de Teive de uma forma muito pessoal, de acordo com o que ele vê e sente o mundo e ate do que descorda dele, essa forma de lidar com os acontecimentos através de uma visão particular é denominada de SUBJETIVISNO.
O SUBJETIVISMO vindo acompanhado de sua extrema valorização acaba levando, por muitas vezes, a deformação (total distorção da realidade), isso caracteriza o que chamamos de IDEALIZAÇÃO. è o que acontece no trecho a seguir:"A verdade que eu, no fim do ano seguinte , encontrei Afonso de Teive em Lisboa, cavalgando um donairoso alazão ao lado de uma amazona, cujo murzelo fazia admiráveis gentilezas de picaria. Deu-se este encontro no Campo Grande, numa tarde de corridas equestres. Alguém cuidava que a soberba cavaleira,de uma formosura invejável na Cricássia devia de ser a esposa raptada de um grão-vizir, porém melhor informadas do Minho, dos arrabaldes de Braga, onde os reais sensualistas do Islão mandariam sobornar as suas sultanas, se soubessem que nestas regiões as mulheres, que por acaso, saem feias da natureza, aprendem ser belas e puras com as flores. Eleve-se este orientalismo aquem está tratando de coisas asiáticas, como a cars de Afonso de Teive eo garbo peregrino de Palmira".
O autor desvia totalmente Palmira da realidade, pois ela era prostituta, e em outra passagem da obra, ele se contradiz afirmando:"Foi-me preciso escutar os boatos correntes à conta da mulher que Afonso de teive me não apresentou. Observei que ninguém a julgava honestamente, e assim mesmo ninguém dava um epíteto indecoroso. A civilização beneficia assim as mulheres que não podem adjetivar-se publicamente virtuosas, nem mesmo quando visitam com a esmola a mansarda do doente desvalido. Nesta especialidade, o lornalismo comporta-se louvavelmente. Quando um localistaapregoa o donativo de alguns lençóis que opulenta matrona, por variar prazeres de alma, já cansada de sucessivos e trasitórios gozos de outra espécie; mandou a um azilo de lázaros, e diz que a humanidade abençoa a virtuosa senhora, não nos havemos a entalar com este decreto de virtude: a humanidade manda que o engulamos. O localista tem razão: é bom que a palavra virtude sirva de piedoso visco à liberdade de pessoas, que desejam alguma vez, ao lerem-se virtuosas, experimentama satisfação de se verem ir à posteridade na seção do noticiário".
Outra característica é a RELIGIOSIDADE. Esta é sempre baseada no Criatianismo, que significa uma nítida reação ao racionalismo e ao materialismo do século anterior. Avida espiritual é enfocada como pomto de apoio e de escapedas frustrações do mundo real. As vezes, a religiosidade assume uma função panteísta, ou seja, acredita-se de que Deus se manifesta em toda vida existente na natureza. Vejamos um dos trechos da obra em que abrange essa característicaue é quando Afonso de Teive não consegue ter sua nova amada, Teodora, nos braços, pois ela foi aprisionadanum convento, e decepcionado com a tentativa infrutífera de tentar tirá-la de lá, muda de cidade, mas com apromessa de que Teodora num prazo de um ano seria sua esposa, observemos:"Os parentes embicaram, resmoneando que os morgados da Fervença o era so de nome, sem vínculo nem foro em ascedente conhecido. Contra essas razões se insurgiu Afonso em termos que feririam a ilustração democrática de um botequineiro antes de ser cavaleiro de Crsto. Afidalga, mais ufana de proceder do tronco dos primeiros cristãos, iguais entre si e iguais ante Deus, que vaidosa de aparentar-se com os Pinheiros de Barcelos, e os Correias e Lacerdas da Honra De Farelães, votou com seu filho, dizendo: ´´que na casa de Ruivães sobejava a fidalguia e faltava a felicidade".
Tambem podemos citar como outra caracteristica bem peculiar a toda obra romantica, a LINGUAGEM REBUSCADA,esta nao interfere a sua compreensao total pois vem acompanhada de outras bem conhecidas,bastando assim relaciona-las ao contexto e entender do que se trata, como no caso a seguir que e quando teodora morre, e o autor-personagem faz um lamento, assim "Esta ultima palavra tolhe-me a continuar a descrever Teodora. Esmoreceram-me os espiritos. cai da minha fantasia na lagoa fetida da verdade. Achei-me como as margens de uma sepultura regelida do gear de uma noite de dezembro. Parou-me o sangue no pulso, inteiri;aram-se-me os dedos, e a pena desprendeu-se. Assombra o nordeste pelas arestas dos jazidos, e remexe e sacode de sobre esta pedra umas coroas umidas de orvalho, cristalizado em lagrimas... sao coroas de perpetuas sagradas a formosura, que se julgou imorredoura, a sua sexta hora de seu breve dia. La vao as coroas no bulcao do vento, la vao esgalhadas as frondes do chorao e do cipreste; la vai tudo; a memoria dos vivos la se foge tambem desta sepultura; tudo foi; so tu ficaste, oh Cruz. Como podemos perceber pelo contexto que se trata de uma morte, apesar da linguagem rebuscada.
Como podemos observar que a bonita obra romanticade Camilo castelo Branco foi a obra que enumera os amores nao correspondidos, amores de desilusao, mas que atraves deles podemos aprender muito, foi facil concluir que o Romantismo, com base neste livro, e uma tecnica que nos permite valorizar os nossos proprios sentimentos e os dos outros, em nos preocupar com o mundo material que nos cerca, que deles somos mais decepcionados e nao aprendemos quase nada sobre qual e o nosso verdadeiro sentido da vida.
Professora peco desculpas pelos dois ultimos paragrafos nao haver a acentuacao grafica adequada, pois deu um problema no computador daqui, mas peco que considere ao menos o restante do trabelho e releve os erros do final e ate nesta observacao como a senhora pode perceber.Obrigado.
Professora pe:

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